29 dezembro 2007

sentidos

O tempo trança e destrança. O tempo querido e estupefato. E não pára.

Estive lendo algumas páginas de "Os sentidos da paixão" (deixei-o em casa, de férias também, rs), editado pela companhia das letras, em 1987. Intelectuais brasileiros discutindo desde o amor em Platão até a paixão em Pasolini. Foi um curso livre que surgiu, tempo depois, em forma de livro. Amor. Paixão. Paixão, dor, amor. Foda? Foda é uma coisa. Romeu e Julieta, por exemplo, é uma história de sexo. Concordo com quem disse isso.

Eu quero amor. Um quentinho, uma meia-luz, uma coisinha doce, um aconchego. Amor sem conta. Sem distração. Sem reserva. E a gente se doa, e a gente se gasta, e a gente não pede troco.

Que todo amor seja quentinho, coisinha doce, aconchego. Em 2008 e sempre. E que todos sejamos muito felizes.

06 novembro 2007

palavrório

A noite caiu sobre mim.
Penso no confessionário entontecedor dos sonhos... E ali, no roçar dos travesseiros, ela veio embelezar a minha vida.
Palavras soltas e frases pequenas ditas por nossos lábios quentes. Uma sussurrando no ouvido da outra, e as orelhas beijadas e lambidas por línguas, sensações, sentimentos. É preciso contar como é forte um amor.
Como conter a felicidade dentro do peito? Felicidade igual pássaro vivo. O gosto da rotina diária, eu quero com você.
Recordo nossos diálogos, o riso, o choro, o gozo. É do fundo do coração que eu te quero.
A tua imagem pára-me os olhos no fundo das minhas olheiras.
Abraçadas uma a outra, como crianças cochichando qualquer coisa, sugadas de gozo até a espinha... Mais... Mais...

17 outubro 2007

isto é, se for

Dizem que existe sempre um ponto de partida que nem sempre é o início. Qual é o meu ponto de partida de agora? Não sei, mas é sempre o coração que me move.
Gosto de ficar conversando até tarde da noite na cama. Até tarde do dia. E fazer amor. Quando penso nela, sinto aquele calor por dentro. Queria tanto ter minha cabeça no colo quente dela e nunca mais sair.
Sempre que eu começo a acreditar que não existem mais borboletas, a vida vem e desmente.
E esse amontoado de palavras dizem e não dizem. Mas eu queria dizer e dizer e dizer até perder o sentido. Até desviar a razão.
Fome maiúscula de amor na vida. Daquilo que chamam amor. Ah, o amor, essa iluminação.
Nesta madrugada, tudo em torno de mim vestiu um ar de quem não te tem, mas te deseja pertinho. Bem aqui.

Vamos, poeta, cantar, luzir no lixo cinza do universo.
nenhum som me importa
afora o som do teu nome que eu adoro.
(trechinhos de A extraordinária aventura vivida por Vladimir Maiakóvski no verão na Datcha e Lílitchka!, meu poema favorito do Maiakóvski)

04 outubro 2007

um íntimo auto-retrato

"Desde que me escribiste, en aquel día tán claro y lejano, he querido explicarte que no puedo irme de los días, ni regresar a tiempo al otro tiempo. No te he olvidado - las noches son largas y dificiles. Lo que más importa es la no-ilusión. La manãna nace".

(EL DIARIO DE FRIDA KAHLO - UN INTIMO AUTORRETRATO)

10 setembro 2007

o amor ainda

Você me ocorre a todo instante. Mesmo quando espero o metrô, que chega cheio. Espero o próximo. E o metrô passa seqüestrando o tempo. Eu nem sei te dizer, mas eu nunca resisto à tentação de ser livre. De ter paz.

Gente. O quanto se desperdiça gente. Gente que precisa gozar antes de acumular mais um arrependimento.

Tento reconhecer o valor do amor. Quase sempre consigo. O coração batendo forte demais, eu querendo prolongar a doçura. Fugir dos olhos do mundo. Seus dedos, seus toques, sua boca despertando sentidos. Sentidos quentes, sentidos trêmulos. Livre caminho à sensualidade. Inevitável orgasmo. Molha por dentro. Agudo... Mas quem não acha esse papo ridículo? A vida anda agitada e correndo. O dia não cabe mais nas 24 horas. E o amor? Ah, que papo careta. O amor está globalizado. E rococó. Insuportável! Amor? Que cansaço! Que tédio tudo isso tem me dado. Este mundo me dá vontade de dormir. Que vontade de gritar palavras aos grandes espaços ambulantes de matéria vazia.

O amor é a renúncia ao poder. É desejar a troca, via de mão-dupla. Compreender. Conceder. É estímulo.

A musa secreta de tudo isso é você.

06 setembro 2007

abalo sísmico

O namoro da China com o leite já provoca modificações sísmicas em todo o mundo.
Bastou a China começar a beber leite para a nossa inflação subir...

15 agosto 2007

O jumento santo e a cidade que se acabou antes de começar

Primeira parte

Embedded Video

Segunda parte

Embedded Video

Eu estava atrás desse curta desde que pude assisti-lo no Cine-PE, em abril. Que coisa boa poder compartilhá-lo!

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14 agosto 2007

mínima

Poucas pessoas ainda sorriem e olham nos olhos. E abraçam o abraço imaginado, encantado.
Qualquer jeito que seja o teu sorriso, e eu descubro que não preciso de mais nada.

28 julho 2007

embaraçada pela noite fria

O ar é frio, a noite é lambida. Pensamento (des)embaraçado, vindo das minhas profundezas, como certas canções me chegam, em horas insuspeitas.
Você faz o que achar melhor. E eu nunca hei de reprimir o desejo de te abraçar. Nem o beijo no ombro.
Assalta-me esse impulso de amor. Rosas, tulipas, florzinhas amarelas e lilases. O amor nasce ou se faz? Se faz aos poucos?
Corre o tempo. Acalma o amor.
E o suor do corpo é salgado e é doce. Recebe e dá calor. Palavras não há. Só o amor que se faz. E se basta.
Há maneiras de entender que têm maneiras de ser entendidas. Quais as suas maneiras?
Idiotice mesmo é a mania de esperar que as coisas aconteçam de um jeito que é o seu jeito de querer que coisas aconteçam, aí é se decepcionar e doer. Amantes podem assassinar sua própria história de amor apenas pela incapacidade de tolerar a incerteza de que sua experiência de felicidade tenha dado certo.
Mas como você pode gostar ao mesmo tempo desse tipo de música e de mim??
Queria te dar um beijo. Queria saber mais de você. Que que tem se eu te desejo? Se eu não posso mais te esquecer...
Quem não tem amor não tem é nada.

04 julho 2007

caldo de sururu


O corpo é uma casca, um invólucro. E é com ele que eu me expresso, é com ele que eu converso com o mundo. Com os olhos, eu sorrio, amo, perco, recupero. Com as mãos também. Gosto da memória dos olhos. Fecho os olhos e você já está. É.

Gosto da memória das mãos. Posso sentir a tua pele na ponta dos dedos, na palma da mão. Nunca se perde alguém. Basta ver uma vez, tocar uma vez. Nunca se perde. Não dá. Mesmo que se esforce, mesmo que se deseje. Mas não se há de querer, lá dentro, perder alguém que me foi caro. Só mesmo por quase um segundo.

Quando eu penso que a vida anda adiada, eu corro. Ela anda.

E a tua imagem é esta tarde muito leve. Se eu escrevesse poesia, te diria coisas bem bonitas.

felicidade se acha em horinhas de descuido

27 junho 2007

de repente na Paraíba

Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.
A saudade era dela
A bebida era o beijo.
(Reconstituição, Elisa Lucinda)

29 maio 2007

estado alquímico

Historiadora das minhas próprias sensações. É o que eu me sinto fazendo aqui. Aqui e em cadernos de notas sobre o meu umbigo. Sensações que tive e sensações que imaginei ter tido. Química de sensações no seu estado alquímico. No meu. Tem gente que escreve o que sente porque acredita que isso diminui a febre.

Será que só se dá importância ao que tem um custo? Vai saber. Café expresso tem grande importância no meu dia. E tem custo. Hum, um expresso quente e eu me perco em pensamentos. Se tiver livro aberto nas mãos é mergulho.

As pessoas falam mal da rotina. Eu adoro a rotina com você. E a nossa rotina de fugir da rotina. E qualquer fatia de cotidianidade contigo é bem-estar. Você, pessoa deliciosa que me atrai, que me alegra absurdamente o coração. Te ter em meus braços é te abraçar inteira. Abraçar teu sorriso, teu jeitinho de falar, teu olhar, teu sexo, tuas reticências. Sinto absoluta vontade de te tocar, de te sentir ao meu lado, de me sentir sob tua proteção. Você protegida por mim. Nosso pequeno mundo tranquilo aparece sedutor. Das conversas na cama, conversas ao telefone, até pela simples lâmpada na cabeceira. Carinho ministrado a cada dia, mesmo com a vontade de te esganar aparacendo em períodos curtos.

Caminho pela vida como se voasse. Você comigo e um mundo insuspeitado.

Esse amor é uma espécie de eternidade.

17 maio 2007

a secret I will share with you

Talvez não seja a hora certa. Talvez eu não seja a pessoa certa. Mas tem uma coisa sobre você e eu que eu quero dizer. Existe algo entre você e eu, de qualquer jeito. Tem algo, uma espécie de "segredo" que eu vou dividir contigo... Eu preciso de você mais do que qualquer coisa na vida. Eu quero você mais do que qualquer coisa na vida. Eu sinto falta de você mais do que qualquer outra pessoa na vida. Eu te amo mais do que amo qualquer outra pessoa na vida.

07 maio 2007

amar e esganar você

Sabe quando o amor vem querendo seguir para sempre, como um barco com céu estrelado? A liberdade de seguir. Tudo pode ser dito. Tudo pode ser experimentado. Esses momentos que não são só ouvidos, são convertidos nesta história que você e eu contamos sobre nós mesmas.

Falar com quem se ama é estupidamente diferente de falar com qualquer outra pessoa. Viver é diferente. Nem sempre é fácil, você e eu sabemos. O caminho é tortuoso, matamos dragões no mundo que criamos juntas, mas é doce. É doce até quando achamos que perdemos a doçura. O amor também é isso. E amar você é me interessar por você, me preocupar com você, querer te ouvir a todo instante, é desejar dançar com você coladinha, é te compreender, conhecer o seu espaço, conhecer os seus gestos, é achar que você tem que me aturar e me suportar quando nem eu mesma me suporto. Sentir o cuidado que existe na consciência que você tem do que eu posso estar sentindo, mas não consigo definir. Sentir o cuidado, teu cuidado, na disposição e suavidade de penetrar no meu mundo, e me abrir os braços.

Têm dias que eu sinto tanta saudade que sufoca. Aflição de poder depressa ficar só com você. E têm dias que eu sufoco com você.

"Aãã"..."

Mesmo te amando, posso sentir emoções contraditórias. Posso ter raiva de você por quase um segundo, posso ter vontade de esganar você por quase um segundo. Depois te amo mais... É assim que esse amor pode ser a coisa mais delicada e simples do mundo. E a coisa mais irritante também.

Quais são as cores e as coisas pra te prender? Minhocas na minha cabeça dizem que para tão longo amor, tão curta me parece essa vida. E eu nem mesmo sabia que minhocas falavam.

Vem cá enroscar suas pernas em mim. Vem que eu quero deslizar meus dedos pra dentro da sua calcinha... Sentir teu mundo balançar. Tem um tesão em mim que parece mentira... Mas se você apenas me der a sua mão, eu não vou pedir mais nada. Algumas vezes, mais do que qualquer outra coisa, você me dá a mão. Isso é amor.

Você alegra absurdamente esse meu coração.

27 março 2007

carne viva

Escrever é tantas vezes lembrar-se do que nunca existiu. Como conseguirei saber do que nem ao menos sei? Assim: como se lembrasse. Com um esforço de "memória", como se eu nunca tivesse nascido. Nunca nasci, nunca vivi; mas eu me lembro e a lembrança é em carne viva.



Clarice Lispector

22 março 2007

o que é que te assombra?

Entrego-me inteiramente aos secretos impulsos dos meus dedos. Efeito da excitação de espírito em que me acho. Coração ligado, beat acelerado... Enfim, há um treco que eu queria entender. Não sei. E você acredita que a gente é o que a gente faz. Acaba indo pra cama ou se casa. Briga, se engana porque faz tudo no escuro, sem amar, me entende?

Eu nunca quero ter vergonha do que eu sou capaz de sentir. Quero passear de mãos dadas, brincar de pisar na nossa própria sombra. Café da manhã, almoço, jantar, ligações telefônicas no meio da tarde, no meio da noite. Sons, gostos, sabores. Teu sabor. O doce e o salgado em você. O tempo não existe.

Será amor o nome que damos pra essa necessidade doentia que se destrói? Será que a gente só sabe que ama quando o coração pulsa entre as pernas?

Eu sei que amo porque o meu coração (e o dela) pulsa além do "entre as pernas".

As duas no banheiro depois de ouvir o "clic" da tranca da porta. Você ri tensa, eu sorrio. Abro os braços, dois passos e nos abraçamos. Eu sentada, rosto no seu ventre. Quero ver como são seus olhos quando eles se estreitam.

Quem ama não percebe o jeito que ama. Mas eu percebo que o coração pulsa entre as minhas pernas quando o amor já não cabe na frase. Quando eu descubro que o luar é o que existe de mais perfeito, só que depois, bem depois, muito depois de você.

O pensamento não pára.

Tenho pena das mulheres que não gozam.

14 março 2007

porque não encontro outra maneira...

de dizer o quanto eu desejo ver você feliz.

A vida é assim, está cheia de palavras que não valem a pena, ou que valeram e já não valem, cada uma que ainda formos dizendo tirará o lugar a outra mais merecedora, que o seria não tanto por si mesma, mas pelas conseqüências de tê-la dito.

A Caverna, José Saramago.

06 março 2007

no fundo do meu olho é que mora a coisa

Estou lúcida pra caralho. Banho frio, leite quente com canela, depois deito, depois leio, depois durmo, depois acordo e passo dias sem saber como eu estou passando os dias. Preciso tanto, bicho. O ar que a gente respira. A biosfera. Tô parecendo tão igual. Que nem chuva de verão. Espio pela janela. Céu avermelhado, nuvens quase lilases no horizonte. Sen-tido! Quase sinto meu corpo inteiro parecendo novo. Meu coração é novo. Mas eu estou em busca mesmo é de uma mente nova. No fundo do meu olho é que mora a coisa. Será que isso me dispensa de servir à pátria?

O pensamento é mesmo solitário. E o amor significa coisas inteiramente diferentes dentro de cada um. E reinventa nossas necessidades. Se você gosta de certezas, talvez o amor não seja lugar em que se deva entrar. Os pensamentos ficam desconjuntados. E sempre me escapa a frase quase perfeita. As palavras tropeçam. Eu tropeço. Mas a música me envolve. Me leva leve. Sabe quando você sente saudade, saudade mesmo, e começa a ver a pessoa em todos os lugares?

Talvez a ciência tenha razão e o amor seja uma loucura quimicamente induzida, que seja eterno até que o nosso corpo desenvolva imunidade às substâncias. Explicação certinha essa, não cola. Só o que cola é o amor. O amor gruda. Grude que eu gosto.

Palavras enviadas numa carta. Eu gostaria de dizer muitas coisas, mas acho que perdi o caminho e perdi minhas palavras.

Querido Dom Quixote, todos os cavaleiros andantes já foram pra caminha. Não há mais Dulcinéias acordadas.

Espio pela janela. Céu, lua. Eu.

Espere por mim, minha Dulcinéia!

05 março 2007

ler é libertar a palavra

A civilização moderna depende da leitura. No nosso país, nascer em uma família de leitores é acidente biológico.
O leitor é alguém que pode pensar.

16 fevereiro 2007

a persistência de um pensamento

Curiosa. Quero aprender o máximo das coisas. Gosto de saber como as pessoas pensam. É nos livros que procuro as respostas, as perguntas, as perguntas sem respostas. Os mistérios? Não. Não seriam mais mistérios. Tá, eu quero descobrir alguns. Só alguns. Porque o mistério cai bem.
Tem coisa mais misteriosa do que afeto?
Trintaedoisanos pelados. E a cidade fora do meu quarto. E eu dentro da cidade. Eu te falo olhando direto nos olhos mesmo, pegando na mão. "A lua e a estrela. Anel de turquesa", diz o Caetano numa das canções que mais tocam na vitrola dentro de mim. Coração burro é o meu. Mas nem sempre anda tão distraído feito Tales, aquele filósofo que caiu num poço quando contemplava as estrelas.
Não me deixa ser uma dessas pessoas que pegam carona na vida de outra. Beija a minha boca com vontade. Com essa sua fissura danada. Fissura que vai escorrer quando eu te disser segredos de liquidificador. Não há erotismo sem verbo, concordo com Cortázar, meu latino favorito.
Cara no vento. Vento que vem para, talvez, dar expressão ao inexprimível.
Penso em você. O que será que isso quer dizer? Esquecer você e despertar incansavelmente desse esquecimento. Esquecer você. Como?
Levo um romance para ler na cama até o sono chegar. E viro cineasta, como todo mundo, depois que fecho os olhos... Mas eu sou mesmo é das palavras. Minha melhor linguagem é a pele. Esfrego minha linguagem em você. Brincamos de fazer durar o comentário. Te envolvo em minhas palavras. A linguagem goza.
E o céu de um azul celeste celestial...

p.s.: ao som de "trem das cores".

15 fevereiro 2007

13 fevereiro 2007

bicicleta

De vez em quando recupero os sentidos, saindo desse torpor - essa espécie de paralisia que parece me arrancar da minha própria vida. É o vento da noite que me tira do delírio, que leva daqui a imagem de mim que não gostaria de recordar. Vem com o vento uma promessa de nunca mais me atormentar. É quando encontro-me em frente do amor. Intimidade turquesa. Amor luz de seus olhos. Piar de pássaros. Incrível sentir o vento na pele. Sensação verde, calma como andar leve de bicicleta. Há um sentido de absoluto pelo ar. Absoluto como expressão que me aparece no rosto, sobretudo quando sorrio de mim mesma.

"Escrever significa abrir-se em demasia... por isso, não há nunca solidão suficiente ao redor de quem escreve; jamais o silêncio em torno de quem escreve será excessivo, e a própria noite não tem bastante duração." (Kafka)

09 fevereiro 2007

vão longe e mais longe

Pergunto-me se o ser humano, hoje em dia, vale uma árvore. Hoje eu estou mesmo muito pessimista.

23 janeiro 2007

os dias despreocupados

Nave Nave Mahana, Paul Gauguin
Estava pensando naquela espécie de amor que é o pão que se reparte. Ou melhor, o pão que se come junto. Nesses dias em que o céu é um poema. Um poema de amor loucamente doce.
Estrelas cadentes têm algum efeito sobre o nosso destino...
Na hora de dormir, quando estou só, sempre me recolho com um bom livro.

11 janeiro 2007

relâmpago

A importância de alguém às vezes varia sem nenhuma razão específica...
O que você faria se acreditasse estar na cama com a pessoa que você deseja e acordasse trepando com uma estrela-do-mar? Eu me levantaria e caminharia até a geladeira para um bom e refrescante copo de água. Ou partiria para a masturbação. Depois o copo de água. Relâmpago de amor.
É quase uma da manhã. Os pensamentos não têm contornos nítidos e a consciência se confunde.
Olhos fechados. Invoco a imagem dela. Imagem que me vem como um abraço. Um abraço que é melodia e letra de música.

08 janeiro 2007

sono

Estava lendo um artigo no Estadão e ao pronunciar "democracia" me veio um bocejo que durou o tempo da palavra. O que eu penso? Que democracia é uma palavra que dá sono.