13 fevereiro 2007

bicicleta

De vez em quando recupero os sentidos, saindo desse torpor - essa espécie de paralisia que parece me arrancar da minha própria vida. É o vento da noite que me tira do delírio, que leva daqui a imagem de mim que não gostaria de recordar. Vem com o vento uma promessa de nunca mais me atormentar. É quando encontro-me em frente do amor. Intimidade turquesa. Amor luz de seus olhos. Piar de pássaros. Incrível sentir o vento na pele. Sensação verde, calma como andar leve de bicicleta. Há um sentido de absoluto pelo ar. Absoluto como expressão que me aparece no rosto, sobretudo quando sorrio de mim mesma.

"Escrever significa abrir-se em demasia... por isso, não há nunca solidão suficiente ao redor de quem escreve; jamais o silêncio em torno de quem escreve será excessivo, e a própria noite não tem bastante duração." (Kafka)

2 comentários:

  1. Quem é você que me tira o sono,
    Toma meus pensamentos, deixando-me
    sem atenção? Faz-me perder o chão?
    Aguça meu desejo.
    Seu nome?
    Alegria, enigma, magia...
    Doce fantasia, brisa fresca,
    Canção.
    Continue acalmando meu coração.

    "Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
    Que a morte de tudo que eu acredito não me tape os ouvidos e a boca.
    Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio".(Oswaldo Montenegro)

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  2. Beija-flor tem razão, você nos toma o pensamento, nos faz perder o sono, nos tira a razão. Então, como sempre digo, continua com essa tua pena leve acalmando e desassossegando corações. O que você escreve é pluma e nos mostra tua alma. Só não é melhor que teu olhar sorrindo, quando me acerta em cheio. Um abraço beijado e cheio de saudade.

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