23 agosto 2009

keatsinspiração

“Não tenho certeza de nada, a não ser da santidade dos afetos do coração e da verdade da imaginação – o que a imaginação capta como beleza deve ser verdade – tenha ou não existido antes.”

John Keats, carta a Benjamin Bailey, 22 de novembro de 1817.

16 agosto 2009

all I can provide

Por vezes, num misto de vontade e pensamentos rondantes, fiz login, abri esse editor de texto e fiquei. É isso: fiquei. Esperei que os pensamentos se alinhassem... Nada. Talvez quisesse mudar o assunto - que gira sempre em torno das minhas emoções. Vividas, desejadas, imaginadas. E aí o pensamento pensa na dorzinha que dói o amor vezenquando, na alegria que alegra o amor quase sempre, no encanto que encanta o amor encantado, nas línguas que se tocam, nos gestos mais furiosos e mais amenos, nos gemidos, nas secreções líquidas e secretas, segredo de duas, nas ardências ardentes, nas inconfessáveis fantasias confessas. Segredos de liquidificador.
E a madrugada acaricia as minhas olheiras enquanto eu continuo buscando um lugar meu no mundo.
Em horas como essa não ofereço perigo algum, encolhida como uma folha de outono.


"Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my thoughts
...
I have no bitterness, my sweet
I'll never forget this one night thing
Even tomorrow, another arms
My heart will stay yours until I die


(Trecho incidental da canção "A waltz for a night", Julie Delpy.)
* música-inspiração de fundo: Jazzanova