10 setembro 2007

o amor ainda

Você me ocorre a todo instante. Mesmo quando espero o metrô, que chega cheio. Espero o próximo. E o metrô passa seqüestrando o tempo. Eu nem sei te dizer, mas eu nunca resisto à tentação de ser livre. De ter paz.

Gente. O quanto se desperdiça gente. Gente que precisa gozar antes de acumular mais um arrependimento.

Tento reconhecer o valor do amor. Quase sempre consigo. O coração batendo forte demais, eu querendo prolongar a doçura. Fugir dos olhos do mundo. Seus dedos, seus toques, sua boca despertando sentidos. Sentidos quentes, sentidos trêmulos. Livre caminho à sensualidade. Inevitável orgasmo. Molha por dentro. Agudo... Mas quem não acha esse papo ridículo? A vida anda agitada e correndo. O dia não cabe mais nas 24 horas. E o amor? Ah, que papo careta. O amor está globalizado. E rococó. Insuportável! Amor? Que cansaço! Que tédio tudo isso tem me dado. Este mundo me dá vontade de dormir. Que vontade de gritar palavras aos grandes espaços ambulantes de matéria vazia.

O amor é a renúncia ao poder. É desejar a troca, via de mão-dupla. Compreender. Conceder. É estímulo.

A musa secreta de tudo isso é você.

06 setembro 2007

abalo sísmico

O namoro da China com o leite já provoca modificações sísmicas em todo o mundo.
Bastou a China começar a beber leite para a nossa inflação subir...