28 julho 2007

embaraçada pela noite fria

O ar é frio, a noite é lambida. Pensamento (des)embaraçado, vindo das minhas profundezas, como certas canções me chegam, em horas insuspeitas.
Você faz o que achar melhor. E eu nunca hei de reprimir o desejo de te abraçar. Nem o beijo no ombro.
Assalta-me esse impulso de amor. Rosas, tulipas, florzinhas amarelas e lilases. O amor nasce ou se faz? Se faz aos poucos?
Corre o tempo. Acalma o amor.
E o suor do corpo é salgado e é doce. Recebe e dá calor. Palavras não há. Só o amor que se faz. E se basta.
Há maneiras de entender que têm maneiras de ser entendidas. Quais as suas maneiras?
Idiotice mesmo é a mania de esperar que as coisas aconteçam de um jeito que é o seu jeito de querer que coisas aconteçam, aí é se decepcionar e doer. Amantes podem assassinar sua própria história de amor apenas pela incapacidade de tolerar a incerteza de que sua experiência de felicidade tenha dado certo.
Mas como você pode gostar ao mesmo tempo desse tipo de música e de mim??
Queria te dar um beijo. Queria saber mais de você. Que que tem se eu te desejo? Se eu não posso mais te esquecer...
Quem não tem amor não tem é nada.

04 julho 2007

caldo de sururu


O corpo é uma casca, um invólucro. E é com ele que eu me expresso, é com ele que eu converso com o mundo. Com os olhos, eu sorrio, amo, perco, recupero. Com as mãos também. Gosto da memória dos olhos. Fecho os olhos e você já está. É.

Gosto da memória das mãos. Posso sentir a tua pele na ponta dos dedos, na palma da mão. Nunca se perde alguém. Basta ver uma vez, tocar uma vez. Nunca se perde. Não dá. Mesmo que se esforce, mesmo que se deseje. Mas não se há de querer, lá dentro, perder alguém que me foi caro. Só mesmo por quase um segundo.

Quando eu penso que a vida anda adiada, eu corro. Ela anda.

E a tua imagem é esta tarde muito leve. Se eu escrevesse poesia, te diria coisas bem bonitas.

felicidade se acha em horinhas de descuido