27 junho 2007

de repente na Paraíba

Tive de repente
saudade da bebida que eu estava bebendo...
tive saudade e tentei me lembrar que gosto faltava,
qual era a bebida...
Fui procurando entre copos e móveis
e dei com sua boca.
A saudade era dela
A bebida era o beijo.
(Reconstituição, Elisa Lucinda)

2 comentários:

  1. a bebida era o beijo dela, a bebida era o beijo dela, a bebida era o beijo dela... lindo! Elisa Lucinda eu não conhecia. Não conhecia você. Dois presentes.

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  2. Porque tive saudade estive aqui. Tomando emprestado as palavras de Clarice: "Saudade é um pouco como fome, só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda".
    Há palavras que nos beijam como se tivessem boca. Dessa forma me sinto quando leio seus textos.
    Um beijo.
    Adoro a foto. Que, por sinal, é um texto lindo.
    Mão silenciosa, introrsa.
    Enigma.
    Mão que acolhe, acalma.
    Que sustenta, que acaricia.
    Hálito de fêmea.
    Mão que tece sonhos, inspira... desejos.
    Mão que constrói melodias.
    Mão inusitada, que "toca"
    Mão no queixo, o mundo na cabeça e "qualquer calmaria".

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