Estou lúcida pra caralho. Banho frio, leite quente com canela, depois deito, depois leio, depois durmo, depois acordo e passo dias sem saber como eu estou passando os dias. Preciso tanto, bicho. O ar que a gente respira. A biosfera. Tô parecendo tão igual. Que nem chuva de verão. Espio pela janela. Céu avermelhado, nuvens quase lilases no horizonte. Sen-tido! Quase sinto meu corpo inteiro parecendo novo. Meu coração é novo. Mas eu estou em busca mesmo é de uma mente nova. No fundo do meu olho é que mora a coisa. Será que isso me dispensa de servir à pátria?
O pensamento é mesmo solitário. E o amor significa coisas inteiramente diferentes dentro de cada um. E reinventa nossas necessidades. Se você gosta de certezas, talvez o amor não seja lugar em que se deva entrar. Os pensamentos ficam desconjuntados. E sempre me escapa a frase quase perfeita. As palavras tropeçam. Eu tropeço. Mas a música me envolve. Me leva leve. Sabe quando você sente saudade, saudade mesmo, e começa a ver a pessoa em todos os lugares?Talvez a ciência tenha razão e o amor seja uma loucura quimicamente induzida, que seja eterno até que o nosso corpo desenvolva imunidade às substâncias. Explicação certinha essa, não cola. Só o que cola é o amor. O amor gruda. Grude que eu gosto.
Palavras enviadas numa carta. Eu gostaria de dizer muitas coisas, mas acho que perdi o caminho e perdi minhas palavras.
Querido Dom Quixote, todos os cavaleiros andantes já foram pra caminha. Não há mais Dulcinéias acordadas.
Espio pela janela. Céu, lua. Eu.
Espere por mim, minha Dulcinéia!
Não penso em entender o que seja a coisa no fundo do teu olho, nem quero, nem preciso. Mas esse lugar, tão ímpar e ambicionado a ser habitado, faz-me pensar ser a coisa algo assim indefinido, que transmuta tudo em poesia e lindeza. E você, quando olha, presenteia a quem está na tua mira. E só bastava este tom mel. “Eu gostaria de dizer muitas coisas, mas acho que perdi o caminho e perdi minhas palavras.”
ResponderExcluirNo fundo, tudo o que você diz é tão parecido com aquilo que todas nós sentimos. É como se você decifrasse cada pessoa que vem aqui, mas, no fundo, você está falando é de você.
ResponderExcluirAh, meu nome é Dulcinéias. hehehe
Olhos cor de mel. Mel que gruda, assim como o amor. Você é um amor!
ResponderExcluirÉ canto de sereia. Canto que dói.
Minha dor é "de verdade". Segundo uma "menina", a dor é mais forte, maior, não de verdade ou de mentira. Não posso mensurar a que sinto... nem ninguém. Não há culpa.
Estou na rua, num beco sem saída.
Meu Dom Quixote pede socorro. Ele suplica a proteção e a intervenção de meu Sancho Pança.
A inquietação perdura... Até quando, não sei...
Mas tentarei ser feliz enquanto a tristeza estiver distraída.
“Eu te peço perdão por te amar de repente(...)” (Vinícius de Moraes)
Adorei isso.
ResponderExcluir“ o amor reinventa nossas necessidades”
Procuramos alguém que faça o coração acelerar.
Mas na verdade queremos uma pessoa que acalme o coração,
e incendeia o desejo.
Não gostamos de certezas, elas não possuem magia, e a magia encanta, e faz canto..
O maravilhoso de entrar numa gruta e não saber o que encontrar, e depois deslumbrar uma paisagem linda.
Assim como o fundo dos seus olhos....
Bjs , eu pousei aqui.
passei pra dizer que sempre venho por aqui, apesar de não sinalizar...
ResponderExcluirquanto ao amor: fluir é preciso, entender não é preciso...
"O amor gruda...", isso é ótimo.
ResponderExcluirEstou adorando ler seus textos... mto bom... alguns falam muito ao meu coração.
Bj!