05 maio 2005

conversa nada confúcia (ou meio-maio-tudo-azul)

Conversemos.
A conversa é uma das coisas mais agradáveis e mais úteis que existe no mundo.
A princípio conversa-se para distrair e passar o tempo, mas atualmente a conversa deixou de ser um desvario do espírito.
Disse Esopo que a palavra é a melhor, e também a pior coisa que Deus deu ao homem.
Pra fazer valer esse dom, é preciso saber conversar, é preciso saber conhecer todos os recursos da palavra. Eu não conheço todos, por isso não espere encontrar alguma arte na minha conversa. Sim, a conversa pode ser uma arte. Pode ser uma ciência e, até mesmo, profissão. Só não pensem em Paulo Coelho! Esse tem um papinho mixuruca do caramba!
Voltando... existem, porém, diversas maneiras de conversar. Conversamos a dois, en tête-à-tête, com muitas pessoas.
Anyway, a palavra é uma ferramenta, um crayon que traça mil arabescos, desenha baixos-relevos e entrelaça mil harmonias de sons, cores e formas.
Em alguns momentos, a palavra pode ser um duelo, um combate, um cálculo de álgebra (há quanto tempo não penso em álgebra!), a resolução de um problema... quando se quer calcular o proveito que se pode tirar dela. Quase uma estratégia militar! Os olhos são duas sentinelas, dois ajudantes-de-campo postos de observação. Não é brincadeira, não. rs O olhar faz às vezes de espião, o sorriso é uma verdadeira cilada. Mas isso acontece mais frequentemente em política e em diplomacia. Ufa, que grande alívio! rs
A minha conversa de agora é só uma borboleta de asas coloridas que voa sobre minhas idéias e meus pensamentos.
A minha conversa não nasceu comigo. Pego emprestada a frase de Confúcio: "gosto da sabedoria dos antigos e busco neles para o meu ser". É com eles que, também, aprendo o novo. E com os livros. Claro, aprendo comigo, com todas as outras pessoas e com o movimento do mundo ao meu redor.

"Aquilo que sabemos, saber que o sabemos; aquilo que não sabemos, saber que não o sabemos: - isto é que é verdadeiramente saber. "

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