mas nunca somos vítimas do amor.
Eu já quis saber o que faz o amor amar. E entender o papel muito especial do amor romântico. A invocação da lua, das estrelas. A lenda do Taj Mahal. Amor, não neurose. E queria entender os vários tipos de amor que podemos sentir, as formas diferentes de amar.
Atrás de um pé de tamarindo, eu conversava com a lua, ouvia música
olhando para a lua e para as estrelas nas noites quentes do verão do Rio
de Janeiro. Eu amava um amor secreto olhando a lua.
Nos últimos meses, o amor tem feito revolução dentro de mim. Não só o romântico. O amor pelas plantas, o amor pelo mar, pela nuvem, pelos animais - os cães, em especial -, o amor pelas gentes.
O tempo passa. Enquanto eu passo pelo tempo, minhas concepções do amor mudam. E apesar do meu amor romântico ter amadurecido, ainda guardo dentro de mim o desejo metafísico da unidade. Seria isso um paradoxo? Aristófanes sugere que o amor é a procura da metade no outro, no entanto, a verdade é que nunca fomos ligados.
Meu coração é grande e o amar tem lá seus graus e suas variações. Posso amar muitas pessoas ao mesmo tempo, colegas ternos, bons amigos, gente da família bem como meu amor amante. Amo também antigos amores - pelo menos alguns - mesmo que já não exista qualquer intimidade, como não amar pessoas com as quais vivi momentos marcantes na minha vida?
A história do amor tem uma série de desencontros, desacordos, falta de comunicação. Percalços que, às vezes, se resolvem. Não é a imagem idílica da harmonia no "felizes para sempre". Eu sempre penso que o "felizes para sempre" deve ser chato.
Lindo!
ResponderExcluiramar cansa. ser feliz tmb cansa, ainda mais pra sempre. mas confesso que o "pra sempre" eu queria. ah, queria...
ResponderExcluirEm mim este arrepio!
ResponderExcluirRodamoinho indomável
Dos meus escombros,
E este amor delicado
Em meio ao turbilhão
Leve como o voo de um pássaro.
Este sentimento que cresce
Feito uma lua cheia,
Resplandescente
Em meio a tantas ruínas,
Cintilante, devo dizer
Como uma lantejoula.
Tudo em mim se exalta
E cresce descontroladamente,
Latejante em seu movimento
Que se expande
Além do meu corpo...
E esta sensação de grandeza,
De imensidão inexaurível
Que o silêncio sugere sutilmente...