05 julho 2011

o acaso dos ventos

Vontade de empunhar a caneta, jorrar tinta em você. O telefone não acabou com esse gênero histórico. A carta continua resistindo aos séculos. A letra no papel. O tempo da escrita. O tempo que não é o mesmo da pessoa que vai receber a carta, é outro. Ainda assim, vale. Valerá. 
Quem apaga isso?
Aprendia-se a amar, primeiro, por meio das cartas. O amor inscrito no papel. A carta era a promessa do corpo. A promessa da inscrita do corpo no corpo do outro.
O amor.

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