27 fevereiro 2008

papel de seda perfumado

O Nelson Rodrigues dizia que "não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo". Embora eu adore me divertir com as letras dele, não concordo com todas elas. Não se pode mesmo amar e ser feliz ao mesmo tempo?
A janela está aberta. Sopra no meu rosto um vento úmido e noturno. O vento diz alguma coisa e eu não traduzo as palavras proferidas. Há pontos de sentimento pela outra pessoa que não precisam ficar claros para existir. Eles existem. E talvez seja mais importante compreender a maneira pela qual a outra pessoa gosta de receber amor. Mas isso são divagações... Fato é que nossas almas e nossos corpos misturam-se. Interpenetram-se. E nosso jeito é um jeito de acalmar, dentro do maior tesão. Umidade, unidade.
Quero mesmo é ler poesia para ouvidos atentos. Seus olhos atentos.
Se contasse, a história desse encontro daria um romance. Ou uma fita de cinema.
E a noite... é como se a noite fosse o mundo.

"Essa que passa por aí, senhores..."
(excerto de "Santa", do sonetista Hermeto Lima)

4 comentários:

  1. O que o vento não levou

    "No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar:
    um estribilho antigo
    um carinho no momento preciso
    o folhear de um livro de poemas
    o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
    Mário Quintana

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  2. salve, simone. grato pela visita. agora baterei ponto aqui tb. um abraço.

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  3. Adoro quando me lêem poesia. Quando me contam histórias de amor. Adoro vir aqui.

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  4. Quando há amor, o que se quer é viver em “carne viva”. Grudar e não soltar. Tem sido assim. Será sempre assim. É perceber a cada dia o encanto da pessoa amada, o que se instala em sua alma. Guardar a memória do primeiro encontro. Do primeiro sorriso, dos olhares trocados. Palavras de amor. Com a gente é assim...

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