30 abril 2014

terapia do amor




Estou aprendendo a fazer todos os dias uma reflexão de como andam os meus sentimentos, como andam as minhas ações comigo mesma, com as pessoas na minha vida e com o mundo.
A aprendizagem do amor, aprendo, começa pelo amor a mim mesma. E de mim para o outro, chegando à plenitude do amor a Deus, ou força suprema do universo.
Quanto mais eu souber amar, mais amor terei para dar. Acredito que isso está ampliando a minha compreensão a respeito do amor. Peço lucidez para identificar qualquer direção contrária.
Nada de acionar mecanismos de defesa. Mecanismo de defesa é mola. Mola não oferece equilíbrio. Escrever é fácil. A prática não é fácil, mas é simples. Ser simples é aprendizado. Amor é aprendizado. Não vem pronto, de uma hora pra outra.
Desde que eu comecei a escrever esse blog, tanta coisa já me aconteceu. Boas e não boas. Momentos maravilhosos eu passei. Hoje, a pessoa que escreve aqui não é a mesma pessoa. A consciência não é a mesma. Eu desconhecia de que forma certos nós especificavam meu modo de agir. Não só os atos, mas as intenções.
Como a gente se sabota por falta de entendimento. Por falta de conhecimento. Por falta de humildade. Como a gente sabota o amor que sentimos.
*
Escrever me dá alívio. Consigo organizar meu pensamento e o meu eu assim.
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Todo dia eu me convido a refletir sobre as raízes do meu comportamento. 
Crescer, aprender e amadurecer. "A magia da verdade inteira, todo poderoso amor."
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Sorrir.
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Amor borboleta como uma flor com asas.
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O paraíso é uma construção mental da alma.

"Mas quanto antes descobrir
Este poder de escolher
Vai poder facilitar
Que aconteça o florescer

Do potencial,
Do seu coração
Esse é seu dom, é seu direito
Seu dever, sua missão"











28 abril 2014

ecce homo

Nietzsche não é fácil de ler. A gente tem que derrubar ou suspender os pressupostos nos quais o nosso raciocínio se baseia.
O ponto central para a crítica de Nietzsche, até onde eu li, é uma tentativa de genealogia que vai mostrar o caminho sinuoso que os nossos conceitos morais têm tomado para terem a sua forma presente. A moralidade é geralmente tratada como sagrada, porque assumimos que há algum terreno transcendental pra nossa moral, seja Deus, a razão, a tradição, ou outra coisa. No entanto, ao contrário do que eu imagino seja o nosso pressuposto de que bom, ruim ou mal sempre tiveram o mesmo sentido, o método genealógico de Nietzsche mostra como esses termos têm evoluído, quebrando qualquer ilusão de continuidade ou verdade absoluta de nossos atuais conceitos morais.
Ele olha por debaixo do pano para ver o que impulsiona os diferentes significados adotados ao longo do tempo. Nietzsche encontra força e vontade. Toda a existência, ele conta, é uma luta entre diferentes vontades para a sensação de poder. 
(...)
Minha pergunta: será que eu sou leal comigo mesma para perceber que sentimento eu tenho neste momento? Outra pergunta: será que nós somos leais conosco para percebermos que sentimento nós temos neste momento? 

 

27 abril 2014

preparando a minha casa

O amor dentro de mim entrou de cabeça na busca pela consciência. A busca pela consciência é o melhor caminho com o qual eu me deparei. Na verdade, acredito ser esse o único caminho para evitar dispersões e as sabotagens que eu mesma criei para mim.
Descobri que tanto faz tomar atitudes por impulso ou mesmo aquelas que paramos pra pensar, se eu não tiver consciência do que estou fazendo, há muitas chances de o resultado não ser o melhor pra mim.
Uma atitude sem a tomada de consciência pode provocar uma situação que muda toda a nossa vida. E nós fazemos escolhas o tempo todo. É preciso ter consciência disso.
Deixo falar somente o amor. E descobri os nós de medo e hábitos repetitivos que paralisam, que levam aos desacertos e descaminhos. Me faltava ser consciente.
Posso ainda alcançar o amor pleno? Sim. Eu estou viva e enquanto eu respirar e o coração bater, meu coração será capaz de ressoar o ritmo do amor. E essa energia amorosa harmoniza todas as minhas funções vitais.
Descobrir isso não significa que eu me desfiz totalmente dos medos e hábitos paralisantes. Mas as sementes que estou plantando vão aprofundar raízes para florescer. A natureza não dá saltos e o tempo é sábio. Esse caminho começou pelo reconhecimento do meu amor à minha própria natureza, respeitando a minha condição humana.
Descobri que a felicidade não está naquela certa pessoa que vai me amar, curar e me proteger de toda situação difícil no passado, no presente e no futuro. É muita responsabilidade. E é minha. A felicidade não pode depender de outra pessoa. Depende apenas de mim mesma. E tenho consciência disso.
Um coração amoroso sempre encontra outro coração amoroso, é isso. É possível ser feliz, sim. É possível se desintoxicar de conflitos, emoções e sentimentos que nos encarceram. É tomar contato com a nossa sombra, encará-la, não fugir de nós mesmos. Cada ação minha gera uma resposta de volta, boa ou não. Eu sou responsável por mim mesma.
Não vou fugir de mim. Tô plantando sementes, tô plantando condições de me descobrir. Tô plantando amor por mim mesma, pela pessoa que descubro que eu sou. Tô plantando amor. Simplificando situações. E me vem uma crescente sensação de conforto nisso.
Deus me abençoe nesse caminho de ser uma pessoa melhor a cada dia. Pra todos que me cercam e pra mim mesma. 

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p.s.: Não há verdades prontas. Existem as ferramentas, os instrumentos para que encontremos a verdade, para que a mudança não seja externa, simplória, um verniz, mas um processo de aquisição de valores, de habilidades, de instrumentos que nos permitam viver com muito mais equilíbrio, paciência e harmonia. Isso é imortalidade. Claro que nesse processo encontramos dificuldades. Dificuldades em nós e nos outros, complexas, mas não temos que nos espantar, nem ficarmos surpresos se encontrarmos as dificuldades. Temos que ter certeza de que se as enfrentarmos com equilíbrio, sairemos melhores dessas situações. Crescidos a cada nova experiência. 
Deixemos o tempo passar, sigamos a vida e aprendamos com as experiências pelas quais passamos. Todas as pessoas/situações difíceis no nosso caminho são possibilidades de conhecimentos. Aprendamos com isso. Evitemos ser iguais, não façamos a mesma coisa. Temos que desenvolver o oposto daquela personalidade. Se alguém age conosco de forma não muito bacana, por exemplo, a vida está nos ensinando o oposto do que aconteceu. O mais importante é entender que a vida está nos ensinando o oposto do que nos acontece de ruim. Precisamos desenvolver o oposto daquilo que fizeram contra nós. Tudo tem um propósito. 
A pergunta é: o que eu tenho que aprender com isso? Quando você se pergunta isso, você se prepara de uma forma diferente, não age impulsivamente. Agir impulsivamente não é sábio. 
Ao se fazer a pergunta sobre o que tem que aprender com cada situação difícil, você permite crescimento ao seu espírito. É o aprendizado completo. Não é só para nos tornarmos boas pessoas. O ser humano possui muitas incógnitas e esse processo de se conhecer é penetrar os mistérios da vida. Não enrijecer. Os nossos direitos não valem mais do que os direitos dos outros. Temos que ir além, ir em busca de algo maior, de algo mais amplo. Esse processo exige esforço, não se pode esperar uma salvação, uma perfeição imediata, nem nos contentarmos com pouco. Esse processo é importante para a nossa existência. Somos espíritos imortais. 
Coragem!



A vida é demasiado curta para esconder no coração palavras importantes.

25 abril 2014